sexta-feira, 25 de julho de 2008

Eleições em Limeira

Ontem (24/07/2008) assisti ao debate da Band com os candidatos a Prefeito em Limeira.

Como era de se esperar o candidato à Reeleição Silvio Félix (PDT) não compareceu, mas surpreendeu-me a ausência de, pasmem seu principal oponente, Lusenrique Quintal (DEM).
Não entendi a estratégia do candidato oposicionista, pois era uma ótima oportunidade para reduzir sua alta taxa de rejeição ante o eleitorado limeirense, e empurrar parte dela ao candidato que não compareceu ao debate.

Diante disso, o grande beneficiado foi o candidato Osmar Lopes (PT), pois apesar de algumas críticas oirundas do candidato amuel Gachet (PSOL), que já era esperado, pois o PSOL foi criado para se opor principalmente ao PT, mas Osmar conseguiu aproveitar muito bem um tempo de exposição de mídia da TV de Campinas, muito maior do que o tempo e exposição que consegue dos organismos de imprensa de Limeira.

A candidata Ana Carolina, me pareceu extremamente nervosa, mesmo porque é novata na política (apesar do Samuel (PSOL), apesar de novato em eleições não me parece novato em política), e deixou a desejar.

Resumindo, o debate na minha opinião beneficiou apenas a candidatura Petista, porém não ajudou muito à população de Limeira a comparar propostas e posturas, porém já deu prá perceber que quem tem proposta e está disposto a debatê-las comparecerá aos debates, quem não tem que arrume uma desculpa qualquer e deixe a população julgue nas urnas.

Será que se o debate fosse transmitido pela EPTV haveriam as mesmas ausências?
Só o futuro poderá dizer.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Marasmo das eleições municipais 2008

Estive em Belo Horizonte na última terça-feira (08/07), e claro como não poderia deixar de ser, acabei questionando algumas pessoas sobre as eleições municipais.

Percebi que na cidade não havia nada que lembrasse as eleições, exceto alguns cartazes colados, anunciando a Convenção do PDT na cidade, com homenagem póstuma a Leonel Brizola, lembrei-me que o PDT é o partido do grande camarada Sérgio Miranda, que saiu do partido no episódio da Previdência, lembro-me que à época o achei estreito, apesar de concordar com ele em partes, entendia que havia uma possibilidade maior de conquistas no governo Lula, mas de fora sempre acabamos pré-julgando por aquilo que achamos que deve ser, e nunca pelo que é, e somos parciais a defender a instituição que denfendemos, infelizmente não tive acesso às verdadeiras razões de sua saída do PCdoB naquela ocasião.
Voltando às eleições em BH, claro que aproveitei prá fazer propaganda da Jô Moraes, apesar de carregar uma certa mágoa, não sou sectário (nunca fui) e acredito que o PCdoB pode ser a melhor alternativa para o povo brasileiro, só não pode se perder de vez, no geral ainda está no rumo certo. Sem contar que a Jô é uma grande camarada!
Mas aí percebi que ninguém conhecia os candidatos que estão postos na eleição e também que a atual administração têm grande aceitação, infelizmente o apooio de parte do PT se dará de forma velada, pois o apoio de um Patrus à campanha da Jô seria de grande valia, porém já vi o PT rachar internamente e ajudar o candidato oposicionista a se eleger, isso eu vi em Diadema em 1996, quando o ex-prefeito José Augusto ganhou as prévias do PT, mas o grupo perdedor não aderiu à sua campanha e apoiou veladamente a campanha do concorrente Gilson Menezes à época no PSB, que acabou por elegê-lo. No caso de BH tem uma vantagem, a Jô não é oposição à prefeitura de BH e pode ser mais um bônus para sua candidatura, infelizmente terá problemas com o tempo de TV, a campanha lá ainda está muito morna, como aqui em Limeira também.
Será que esse marasmo eleitoral é uma tendência no Brasil inteiro?
Talvez isso justifique as coligações esdrúxulas feitas país afora, PT-PP, PSDB-PCdoB, DEM-PDT, enfim normalmente prevalecem as questões locais, ou então os interesses obscuros que estão por trás dessas coligações, ou as coligações esdrúxulas são as responsáveis pelo marasmo? Qual o segredo de tostines!!

domingo, 6 de julho de 2008

Internet Livre


André Lemos e Sérgio Amadeu: pela liberdade na internet

A internet ampliou de forma inédita a comunicação humana, permitindo um avanço planetário na maneira de produzir, distribuir e consumir conhecimento, seja ele escrito, imagético ou sonoro. Construída colaborativamente, a rede é uma das maiores expressões da diversidade cultural e da criatividade social do século 20. Descentralizada, a internet baseia-se na interatividade e na possibilidade de todos tornarem-se produtores e não apenas consumidores de informação, como impera ainda na era das mídias de massa.

Por André Lemos* e Sérgio Amadeu**
Na internet, a liberdade de criação de conteúdos alimenta, e é alimentada, pela liberdade de criação de novos formatos midiáticos, de novos programas, de novas tecnologias, de novas redes sociais. A liberdade é a base da criação do conhecimento. E ela está na base do desenvolvimento e da sobrevivência da internet.

A internet é uma rede de redes, sempre em construção e coletiva. Ela é o palco de uma nova cultura humanista que coloca, pela primeira vez, a humanidade perante ela mesma ao oferecer oportunidades reais de comunicação entre os povos. E não falamos do futuro. Estamos falando do presente. Uma realidade com desigualdades regionais, mas planetária em seu crescimento. O uso dos computadores e das redes são hoje incontornáveis, oferecendo oportunidades de trabalho, de educação e de lazer a milhares de brasileiros. Vejam o impacto das redes sociais, dos software livres, do e-mail, da Web, dos fóruns de discussão, dos telefones celulares cada vez mais integrados à internet. O que vemos na rede é, efetivamente, troca, colaboração, sociabilidade, produção de informação, ebulição cultural.

A internet requalificou as práticas colaborativas, reunificou as artes e as ciências, superando uma divisão erguida no mundo mecânico da era industrial. A internet representa, ainda que sempre em potência, a mais nova expressão da liberdade humana. E nós brasileiros sabemos muito bem disso. A internet oferece uma oportunidade ímpar a países periféricos e emergentes na nova sociedade da informação.

Mesmo com todas as desigualdades sociais, nós, brasileiros, somo usuários criativos e expressivos na rede. Basta ver os números (IBOPE/NetRatikng): somos mais de 22 milhões de usuários, em crescimento a cada mês; somos os usuários que mais ficam on-line no mundo: mais de 22h em média por mês. E notem que as categorias que mais crescem são, justamente, "educação e carreira", ou seja, acesso à sites educacionais e profissionais. Devemos assim, estimular o uso e a democratização da internet no Brasil.

Necessitamos fazer crescer a rede, e não travá-la. Precisamos dar acesso a todos os brasileiros e estimulá-los a produzir conhecimento, cultura, e com isso poder melhorar suas condições de existência. Um projeto de Lei do Senado brasileiro quer bloquear as práticas criativas e atacar a internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral.

O substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo e a vigilância.

Se, como diz o projeto de lei, é crime "obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida", não podemos mais fazer nada na rede. O simples ato de acessar um site já seria um crime por "cópia sem pedir autorização" na memória "viva" (RAM) temporária do computador. Deveríamos considerar todos os browsers ilegais por criarem caches de páginas sem pedir autorização, e sem mesmo avisar aos mais comum dos usuários que eles estão copiando. Citar um trecho de uma matéria de um jornal ou outra publicação on-line em um blog, também seria crime.

O projeto, se aprovado, colocaria a prática do "blogging" na ilegalidade, bem como as máquinas de busca, já que elas copiam trechos de sites e blogs sem pedir autorização de ninguém! Se formos aplicar uma lei como essa as universidades, teríamos que considerar a ciência como uma atividade criminosa já que ela progride ao "transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado", "sem pedir a autorização dos autores" (citamos, mas não pedimos autorização aos autores para citá-los). Se levarmos o projeto de lei a sério, devemos nos perguntar como poderíamos pensar, criar e difundir conhecimento sem sermos criminosos.

O conhecimento só se dá de forma coletiva e compartilhada. Todo conhecimento se produz coletivamente: estimulado pelos livros que lemos, pelas palestras que assistimos, pelas idéias que nos foram dadas por nossos professores e amigos... Como podemos criar algo que não tenha, de uma forma ou de outra, surgido ou sido transferido por algum "dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular"? Defendemos a liberdade, a inteligência e a troca livre e responsável.

Não defendemos o plágio, a cópia indevida ou o roubo de obras. Defendemos a necessidade de garantir a liberdade de troca, o crescimento da criatividade e a expansão do conhecimento no Brasil. Experiências com Software Livres e Creative Commons já demonstraram que isso é possível. Devemos estimular a colaboração e enriquecimento cultural, não o plágio, o roubo e a cópia improdutiva e estagnante. E a internet é um importante instrumento nesse sentido. Mas esse projeto coloca tudo no mesmo saco. Uso criativo, com respeito ao outro, passa, na internet, a ser considerado crime.

Projetos como esses prestam um desserviço à sociedade e à cultura brasileiras, travam o desenvolvimento humano e colocam o país definitivamente para debaixo do tapete da história da sociedade da informação no século 21. Por estas razões nós, pesquisadores e professores universitários apelamos aos congressistas brasileiros que rejeitem o projeto Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo ao projeto de Lei da Câmara 89/2003, e Projetos de Lei do Senado n. 137/2000, e n. 76/2000, pois atenta contra a liberdade, a criatividade, a privacidade e a disseminação de conhecimento na internet brasileira.

* André Lemos, Prof. Associado da Faculdade de Comunicação da UFBA, Pesquisador 1 do CNPq.
** Sérgio Amadeu da Silveira, Prof. do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero, ativista do software livre.

fonte: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=39939

sábado, 5 de julho de 2008

Começam as eleições municipais de 2008

Amanhã começam as eleições municipais de 2008.

Eleição municipal é sempre muito complicado avaliar, pois apesar de nos grandes centros urbanos haver boa influência do plano estadual e federal, nos demais municípios é sempre muito personificada e regionalizada, isso se deve à falta de uma estrtura ideológica nacional dos partidos, assim como o PT do RJ é bem diferente do PT de SP, que é diferente do de Porto Alegre, o PMDB então nem se fala cada cacique decide por seu estado, demais partidos como DEM, PSB, PDT, e todos os demais deve-se sempre levar em consideração as pessoas que os conduzem, ou alguém acha que Willian Dib (PSB) prefeito de São Bernardo do Campo é de esquerda? Ou o prefeito de Limeira Silvio Félix (PDT) tem alguma coisa de esquerda em sua prática?

Em Limeira há uma disputa iminente, com clara vantagem ao atual prefeito por sua reeleição, o candidato oposiionista das elites, Lusenrique Quintal (DEM) tem um claro problema de rejeição, que o impossibilitará de fazer frente ao atual prefeito, o candidato das esquerdas, Osmar Lopes lamentavelmente não tem fôlego para aglutinar nada além da história do PT (isso se conseguir tal façanha!) no máximo repete a votação de Wilson Cerqueira, mas com uma diferença importante, o PT conseguiu a última votação na era pré-mensalão, com o PT em franca ascenção e a militância extremamente motivada, bem diferente do atual momento. Os candidato nanicos PSOL e PCB vão apenas aproveitar o pouco tempo de TV para desgastar o atual prefeito no caso do PCB e desgastar o goveno Lula no caso do PSOL (tomara que não, mas duvido).

Fica a expectativa para o legislativo, pelo jeito essa disputa será a mais emocionante de todas, assim que tiver conhecimento de todas as chapas e dos nomes que a compõem, arriscarei um palpite sobre a nova composição, depois veremos até a eleição como isso ocorrerá.

Espero que essa nova câmara seja menos subserviente ao poder executivo e que não seja autoritária como câmara atual, fica a torcida para uma melhora significativa do legislativo, para que este poder possa efetivamente atuar conforme sua prerrogativa constitucional de poder fiscalizador do Executivo, que assim seja.

Para finalizar, hoje tem mais um encontro entre meu Azulão e o Corinthians pela série B, este ano foram 2 vitórias para o Corinthians e 1 para o Azulão, mas o histórico continua favorável ao Azulão, é hora de empatarmos a história desse ano, com um gostinho de vingança de Finazzi.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Nota de desfiliação do PCdoB

Nota de desfiliação de militantes e ex-dirigentes municipais do PCdoB

Em 23 de junho de 2008 fomos surpreendidos por uma matéria jornalística onde dava conta do apoio do PCdoB à candidatura à reeleição do atual prefeito Silvio Félix. Como a Comissão Provisória Municipal constituída até então não havia confirmado esta nota, entramos em contato com a jornalista responsável pela matéria que informou ter recebido um documento que comprovava a constituição da nova Comissão Provisória do partido.

Ao sabermos desta informação procuramos a direção estadual, que apesar de presente na conferência que elegeu e homologou a Comissão Provisória que conduziu o partido até então realmente havia sido substituída e que a única justificativa é a recusa em apoiar a reeleição do atual prefeito Silvio Félix o que não procedia, uma vez que a convenção seria realizada apenas no dia 29/06/2008, conforme edital publicado em jornal de circulação municipal, protocolado na 66ª Zona Eleitoral.

Diante disso entendemos que:

  • Apesar de durante toda a sua história os debates e decisões internas do PCdoB serem pautadas pela camaradagem, respeito e expressão de idéias no interior do partido, o Comitê Estadual agiu de forma arbitrária e autoritária, uma vez que a decisão final da Comissão Provisória Municipal do PCdoB de Limeira só seria homologada na convenção do partido conforme legislação vigente;

  • O Comitê Político Estadual (CPE) tomou uma decisão à revelia da Comissão Provisória Municipall sem ter enviado nenhum representante à Limeira ao longo deste ano para entender a realidade local e debater com os demais militantes do partido o quadro político-eleitoral e assim ter subsídios necessários à tomada de uma decisão tão importante, que nos forçava a apoiar a reeleição do atual prefeito;

  • O CPE não enviou até a presente data, nenhum comunicado por escrito, ata ou resolução de suas decisões e sequer tomou a iniciativa de comunicá-las aos membros da Comissão Provisória Municipal;

  • Apesar de haver vários militantes, filiados há anos no partido, que não pertenciam à Comissão Provisória Municipal, a direção estadual optou pela nomeação de membros que até então eram desconhecidos dos militantes e filiados ao partido conforme declaração do atual presidente da nova Comissão Provisória do PCdoB em matéria jornalística, afirmando ter procurado o Comitê Estadual apenas no mês de maio deste ano, e esta sequer comunicou à Comissão Provisória Municipal do interesse e filiação de novos membros do partido na cidade;

  • Diante do “silêncio” à e-mails enviados à Secretaria de Organização do Comitê Estadual e ao Comitê Central do PCdoB, questionando a forma de atuação da CPE;

  • O PCdoB em seus 86 anos de história de luta em defesa dos trabalhadores, representado ao longo deste período por João Amazonas, Elza Monerat, Angelo Arroio, Maurício Grabois, Luis Carlos Prestes, Jorge Amado e tantos outros que fizeram a história do partido, além dos valorosos camaradas que ainda lutam nas fileiras do PCdoB, na defesa intransigente da democracia, da liberdade e do socialismo, vê parte de sua história manchada por decisões equivocadas e arbitrárias de uma minoria de dirigentes que se julgam “donos” do partido e se esquivam do debate de idéias apelando para práticas autoritárias nunca vistas no interior do partido em períodos de legalidade;

  • Não podemos admitir enquanto comunistas que o partido seja rebaixado a sigla de aluguel, onde interesses econômicos e financeiros ou a ocupação de cargos em governos estejam acima da história e construção do partido, passando por cima de sua militância verdadeiramente comprometida com os ideais afirmados desde o primeiro congresso , reafirmado em todos os demais, inclusive em seu último congresso: a luta por um país justo, soberano, fraterno e socialista;

  • Acreditamos que o partido seguirá seu curso e torcemos para que se reencontre com sua própria história, porém neste momento não há espaço para uma atuação militante democrática, livre e verdadeiramente socialista no interior do PCdoB.

Por estes motivos, com muito pesar, optamos pela desfiliação ao Partido Comunista do Brasil, na esperança que a história se encarregue de julgar nossa decisão e os fatos que levaram à ela.

Subscrevem esta nota:

Frank Jones Migliano (ex-presidente da Comissão Provisória Municipal)

Wilson Rocha da Silva (ex-secretário de organização da Comissão Provisória Municipal )

Marcelo Antonio Grego (ex-membro da Comissão Provisória Municipal)

Israel José Galindo (ex-membro da Comissão Provisória Municipal)

Rosa Maria de Jesus P. Silva

Aline Pereira Silva

Benedito Teodoro


Minha história na política

Gostaria de contar um pouco da minha história na política.

Em 1982, era vizinho do prefeito da cidade que morava (Diadema), coincidentemente, a casa ao lado da minha era o comitê eleitoral da então candidata oficial do prefeito, me lembro que foi meu primeiro contato com polítca, lembro de ver na TV as fotos dos candidatos e do quanto aquele moço de barba nos assustava por ser comunista.

Depois disso, sempre fui antenado em política, claro com os limites da idade e do que meus pais impunham, me lembro de votar juntamente com minha avó que era deficiente visual no Jânio Quadros, a pedido dela, e adorava o botom da vassourinha (cá prá nós uma sacada de marketing), lembro da minha tia, que era do PT, em discussões homéricas em família, lembro-me quando ela me deu o Manifesto Comunista em quadrinhos.

Lembro-me do terror que se abateu em nossas casas em 1989 quando aquele moço de barba que me assustava, assustava muita gente que achava que ele ia dividir as casas, as rodas dos carros, as roupas, sapatos tudo em partes iguais e seria um país quase apocalíptico caso ele vencesse.

Com tudo isso, em 1992 através da influência que tive durante a vida, da minha tia, meus primos e de alguns professores, resolvi descobrir o que aquele moço com barba de 1982 e 1989 tinha que punha tanto medo em muita gente.
Descobri que na verdade aquele moço bradava na época a defesa do socialismo (que já abandonou há uns 10 anos pelo menos) e foi aí que comecei a estudar e entender porque isso assustava tanta gente (uns com razão, outros sem nenhuma razão, frutos da mídia de massificação e do terror que a ditadura militar impôs ao país classificando todos que se opunham à ela de comunistas e terroristas, associando uma coisa à outra), depois fui entender que o moço de barba que era conhecido como Lula, na verdade não tinha muita clareza sobre o socialismo que defendia, assim como seu partido, e foi assim, pesquisando e procurando que encontrei em 1992 o PCdoB.
Logo em seguida o movimento estudantil fervilhou, criamos um grêmio na Escola Técnica que estudava, o Fora Collor já era uma bandeira concreta, Anos Rebeldes ajudou um pouco a mostrar a força que os estudantes tinham e tomamos conta das ruas, nessa época conheci a UJS.
Depois disso militei no PCdoB em Diadema, na UMES-SBC, e acabei em 1996 vindo parar em Limeira, cursar a Universidade, em 1997 fui convidado a integrar o governo que apoiávamos em Diadema e tranquei a faculdade para cumprir mais esta tarefa pelo partido. Também integrei o DCE da UNICAMP e o Centro Acadêmico da Faculdade.
Procurei o PCdoB em Limeira que se resumia a uma única pessoa em Limeira, um camarada valoroso, mas com sérias limitações de compreensão, vivia um certo conflito com sua vida partidária e religiosa, nesse período acabei me afastando do partido até 2007, quando fui convidado a integrar a direção Municipal do partido em Limeira, e infelizmente devido à uma série de equívocos da Direção Estadual, acabou por culminar com minha desfiliação em julho de 2008.
Hoje não pertenço mais as fileiras do PCdoB, mas aprendi muito no partido, compreendi questões que jamais compreenderia em qualquer outro lugar, conheci camaradas de extremo valor, e ainda acredito que a linha teórica do partido está correta, porém sua condução me parece equivocada por parte da direção. Infelizmente a direção estadual de São Paulo não me deixou nenhuma brecha para permanecer no partido, pois sei que a história do partido mostra seus erros e acertos, e acredito que o Partido reencontrará através de sua militância que pode e deve questionar direções autoritárias e destituí-las, reforçando a renovação tão importante para o movimento revolucionário e que a história demonstra ser o melhor caminho para evitar vícios e pseudo onipotência das direções superiores.

De qualquer forma deixei muitos amigos no partido e espero reencontrá-los na luta ao longo dos anos.

PRAVDA (verdade) - Nasce um blog

Seja Bem-vindo ao mais novo Blog PRAVDA.

Há algum tempo venho pensando em criar um blog, algum lugar onde possa compartilhar minhas opniões sobre política,economia, informática e outros assuntos que achasse pertinentes, mas o mais difícil seria encontrar um nome, foi então que pensei no principal veículo de comunicação do Partido Bolchevique russo do início do século XX, que existe até hoje.

Claro que não sou pretencioso a esse ponto, mas acho que o nome PRAVDA (verdade), bem que pode dar um sinal sobre alguns pensamentos e fatos acontecidos recentemente, que confesso me deixou extremamente frustrado e triste, pois destruiu parte da base de meu pensamento político-ideológico.
Além de ser um trocadilho com o nome do prédio (PRADA) onde encontra-se instalada a Prefeitura da cidade que moro , Limeira-SP.

Espero que este blog apesar de inicialmente ter um caráter de exposição e debate de idéias sobre política, eventualmente postarei alguns textos sobre Informática e até sobre Futebol.

Pretendo atualizá-lo diariamente, pois sei o quanto é chato quando acompanhamos o blog de alguém e de repente para-se a postagem de novas notícias ou idéias.

É isso!

Gravem em seus favoritos, acompanhem e participem.

Grande abraço.

Frank!